domingo, 5 de janeiro de 2014

A GESTÃO E CONTROLO DE JOGO Por Luís Manta

Escrevo este artigo, após o visionamento do jogo Sporting C. Portugal - Leões de Porto Salvo.
A vontade de escrever estas linhas já tinha algum tempo e após este jogo, decidi não protelar mais no tempo.
Anteriormente assisti ao Sporting 6 - Rio Ave 6, ao Sporting 7 - Benfica 8 e ontem ao Sporting 6 - Porto Salvo - 5.
Quando se constrói um plantel, a escolha dos jogadores tem vários factores, para além da qualidade técnica e táctica, posição, capacidade fisica e motivacional...vem a experiência.
Existe, normalmente, a preocupação do treinador em construir um plantel equilibrado, constituido por jogadores mais jovens e com menos experiência, em processo de evolução e outros mais maduros, mais tarimbados, que fazem a diferença em determinados jogos, nos momentos mais dificeis...
Isto era para ser assim...mas não tem sido.
O futsal é um jogo com mudanças de velocidade e de ritmo de jogo.  Que não têm o mesmo significado.
Em futsal e na generalidade dos desportos colectivos, as equipas adequam ou deviam adequar as suas estratégias com o decorrer do jogo. 
Num jogo complicado, que caminha para o seu final, em que estamos em vantagem e a vitória está dificil, a equipa, através dos seus jogadores mais experientes tem de assumir as rédeas do jogo e pautar o ritmo do jogo que mais lhe interessa.
É tempo de posse de bola (aumento dos tempos de ataque), definição qualitativa do último passe, apoio constante ao portador da bola, preocupação de fazer bom "passe",  maior sentido colectivo, ocupação racional dos espaços...É preciso saber ler o jogo...Grande parte dos golos que se sofre, não é por defender menos bem, é por atacar mal...
Pergunto, como é que em equipas recheadas de jogadores de reconhecida qualidade, internacionais e com grande experiência, pode acontecer com frequência a perda do controlo do jogo, perante equipas de menor valia ?
Aqui, os treinadores são os menos culpados, é nestes momentos que devia imperar a experiência dos jogadores mais traquejados. Nem o treinador tem de dizer tudo, nem sempre há tempo para fazê-lo, quando se dá por ele, já o mal está feito...
E isto, não tem a haver com a falta de competitividade do campeonato português, tem haver, sim, com a falta de qualidade dos jogadores e globalmente das equipas...
É impensável, a quantidade de erros básicos que os jogadores cometem em equipas profissionais, por ausência dos fundamentos do jogo, sejam gestos técnicos, sejam tácticos por má ocupação de espaços.
Perante esta qualidade apresentada pelas melhores equipas portuguesas, não é tão depressa que voltamos a fazer história na UEFA CUP.
Termino, reconhecendo, que em termos televisivos os jogos foram excelentes, pela emoção e incerteza dos resultados finais, no entanto, não significa que tenhamos assistido a futsal de qualidade, antes pelo contrário.

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