terça-feira, 26 de março de 2013

O FUTURO DO PROFISSIONALISMO Por Luís Manta

O contexto económico adverso que se instalou no País desde 2008 já fez algumas vitimas e receio que a breve prazo o profissionalismo seja erradicado do futsal nacional.

Desde 2008 já acabaram ou desinvestiram na modalidade clubes como Freixieiro, Fundação Jorge Antunes, Instituto D.João V, Alpendorada, C.F. "Os Belenenses" e outros.
Grande parte do suporte financeiro dos clubes é ou era feito através de patrocínios de empresas de uma forma directa ou personificada por alguém ligado à Direcção.  
Todos sabemos o quanto está difícil a vida para as empresas no nosso País, sendo que a disponibilidade para o apoio ao desporto e artes, mingua.
Fruto desta alteração de circunstâncias que condiciona o investimento na modalidade, os clubes atravessam momentos difíceis e não sabemos se o pior ainda está para vir.

A saúde financeira dos clubes está e estará sempre relacionada com a economia do País.

Restam 2 clubes a investir forte na modalidade, Sporting Clube de Portugal e Sport Lisboa e Benfica, ambos com o profissionalismo como forma de investimento, na procura de resultados nacionais e internacionais.
Será que o investimento efectuado por ambos os clubes tem  tido o retorno esperado ? Penso que não, salvo a excepção do caso do SLB ter vencido a UEFA Cup, todas as outras conquistas conseguidas a nível nacional por ambos os clubes, poderiam ter sido alcançadas sem o recurso ao profissionalismo, ou seja, sem o brutal investimento realizado ano após ano.

A situação económica que mormente o Sporting C. Portugal atravessa, deixa-me muitas dúvidas quanto à continuidade do profissionalismo na modalidade, é que sejamos realistas, os resultados não justificam tal investimento.  Boa parte dos títulos do clube foram ainda alcançados na era amadora.
Sabemos também, que o Sport Lisboa e Benfica à semelhança de todos os clubes, está a apertar o cinto e a sua SAD a racionalizar os orçamentos.

Tenho para mim, que o profissionalismo nos 2 clubes dependem um do outro, pela rivalidade   e porque existe em ambos, assim que um tomar a decisão de voltar ao amadorismo, não se justifica a manutenção do profissionalismo no outro.

E tal momento, já não estará muito distante...é só uma questão de tempo.

Uma aposta séria e qualitativa na formação é o futuro da modalidade em Portugal, mas ela tem de vir de cima (F.P.F. e Associações), principalmente, é preciso "dar a cana ao clubes para eles pescarem".
Refiro-me ao custo desmesurado da formação para Monitores, ao formato dos Cursos de Treinadores (não estão devidamente formatados para a vertente formação) e à organização das etapas de formação nos clubes. 
Os clubes de menor dimensão, que são o grosso da coluna, precisam de ajuda nestas áreas.

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